terça-feira, 24 de maio de 2011

Fazer brilhar a nossa Luz


Há pessoas que nos perguntam (nas chamadas telefónicas ou nos cursos) como podem mudar o marido, a esposa, os filhos, o chefe, pois consideram que eles são responsáveis pelos seus problemas e mal-estar... Especialmente para essas pessoas, com todo o nosso respeito e carinho, fica esta proposta do filósofo alemão Nietzsche:

Deixemos pois de pensar mais em punir, em censurar e em querer melhorar [o outro]! Não seremos capazes de modificar um único homem; e se alguma vez o conseguíssemos seria talvez, para nosso espanto, para nos darmos também conta de outra coisa: é que teríamos sido nós próprios modificados por ele! Procuremos antes, por isso, que a nossa influência se contraponha e ultrapasse a sua em tudo o que está para vir! Não lutemos em combate directo... qualquer punição, qualquer censura, qualquer tentativa de melhoria representa combate directo. Elevemo-nos, pelo contrário, a nós próprios muito mais alto. Façamos sempre brilhar de forma grandiosa o nosso exemplo. Obscureçamos o nosso vizinho com o fulgor da nossa luz. Recusemo-nos a nos tornar, a nós próprios, mais sombrios por amor dele, como todos os castigadores e todos os descontentes! Escutemo-nos, antes, a nós.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"


No Telefone da Esperança, não podemos ajudá-lo(a) a mudar os outros. Podemos, sim, ajudá-lo(a) a conhecer-se e, se o quiser, a transformar-SE [e conhecer novas ferramentas], para melhor fazer face aos desafios da vida e, nomeadamente, às exigências das relações com os outros. 

Curiosamente, constatamos que quanto mais fazemos brilhar a nossa luz, mais aqueles que nos são próximos se sentem inspirados a fazer o mesmo...

1 comentário:

  1. Na primeira publicação deste artigo identificámos Friedrich Nietzsche como sendo de nacionalidade russa, erro detectado pela nossa amiga, atenta, Carlota Portugal, que fez o favor de no-lo comunicar. Com o nosso pedido de desculpas aos nossos leitores e ao próprio Nietzsche, ainda que postumamente, procedemos à devida correcção. Gratos, Carlota :)

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