segunda-feira, 11 de julho de 2011

ENTREVISTA COM TEO MARTÍN, PRESIDENTE DO T.E. DE BADAJOZ

Teo Martin, o presidente do Telefone da Esperança de Badajoz, é uma pessoa incontornável na história do Telefone da Esperança Portugal. Foi um dos primeiros sonhadores da implantação do Telefone da Esperança no nosso país e desde 2006, de forma competente, generosa e dedicada, tem ajudado a formar muitas dezenas de voluntários em Portugal. Actualmente, encontra-se muito envolvido no projecto de criação do centro de Lisboa.

Partilhamos em seguida uma entrevista assinada pela redação do blogue do Telefone da Esperança de Castilla y Leon (Espanha) que nos dá a conhecer um ser humano muito especial!



"UMA PESSOA EM CONSTRUÇÃO"


Hoje, o blog de Castilla e León foi a Badajoz entrevistar uma das pessoas mais importantes e dedicadas ao Telefone da Esperança, o Teo.

Foi para nós um prazer recolher os seus pareceres e o que vai na sua alma, que desta forma fazemos chegar aos que nos acompanham através do blog.

Embora o Teo viva em Badajoz, podemos encontrá-lo em qualquer sítio da Cantabria, Palencia, Zamora, León, sempre em prol da saúde emocional.

Com uns quantos Teos o nosso mundo seria mais divino e menos desumano!

De León enviamos o nosso agradecimento, simpatia e carinho.

Eis o que nos disse:

1º.- Alguns dados autobiográficos e uma lembrança de infância.

Nasci em Badajoz em 1957. Estudei Ensino, Filosofia e Letras na UNED. A minha lembrança de infância são os cheiros e cores da Praça Alta, no centro histórico de Badajoz, onde nasci.

2º.- Quem é o Teo?

Uma pessoa em construção.

3º.- A que te dedicas habitualmente?

Por profissão e obrigação a ensinar, por prazer e vocação a aprender.

4º.- Como conheceste o telefone da esperança (TE)?

Através do psicólogo do meu Colégio, o primeiro Diretor do Centro do TE de Badajoz.

5º.- O que aprendeste no TE?

Que tenho muitas coisas a desaprender, que é a aprendizagem mais difícil de todas e que às vezes damos muita importância a coisas que não a têm, como a nós mesmos, enquanto as coisas essenciais são como que invisíveis ao nosso coração.

"SEM AMOR A VIDA NÃO VALE A PENA"

6º.- O que dás ao TE?

Bastante pouco, talvez um pouco de tempo e pouco mais. Eu estou no TE pelo que recebo, não pelo que contribuo. No fundo é um relacionamento bastante egoísta da minha parte.

7º.- O que significa para ti ser Presidente do TE de Badajoz? Que expectativas têm na Estremadura para o TE?

Aparte da responsabilidade e do trabalho, pouco mais, Na verdade, o importante para mim é ser voluntário, mais um da equipa. Os cargos são responsabilidades que se assumem com gosto, temporariamente, porque é uma forma, tão ou mais necessária do que qualquer outra, de servir os demais. Quanto às expectativas que temos na Estremadura são tão grandes como na nossa região: levar a cada povo, a cada recanto, um pouco de Esperança e que em algum dia se possa dizer que na Estremadura não existe ninguém que não seja escutado. Na realidade esta é uma longa tarefa de promoção da Saúde Emocional, que é ao que mais tempo e energia dedicamos, sem descurar a intervenção em crise, sobretudo telefónica.

8º.- Quais são os reptos do T.E. nos 40 anos que estamos a celebrar?

Sem dúvida entrar no mundo das Novas Tecnologias e convertê-las em instrumento útil e valioso, ao serviço do relacionamento de ajuda, como hoje em dia fazemos com o telefone.

9º.- Serafín pôs em marcha o TE. O que fica do seu espírito? O que há a recuperar?

Do seu espírito fica tudo, daí que cheguemos aos 40 anos de existência, mas destaco o seu espírito inovador e pioneiro ao serviço dos que sofrem, como algo que não devemos perder do horizonte.

10º.- Que precisam as pessoas para uma boa saúde emocional?

Mais tempo para si mesmas, um pouco de sentido comum e grandes doses de solidariedade.

11º.- O maior e o pior do ser humano.

A nossa capacidade de amar e ser amados, no amplo sentido da palavra é, sem dúvida, o maior. O pior é viver de costas voltadas para o amor. Sem amor, a vida não vale a pena e convertemo-nos em seres amargurados capazes do pior.

12º.- O que te passa pela cabeça quando estás no TE às três da manhã?

O mesmo que a qualquer outra hora: Aqui estamos.

13º.- Um filme que te tenha marcado.

Citizen Kane de Orson Wells

14º.- Um livro que voltarias a ler.

O D. Quixote, que costumo reler de vez em quando e que considero um grande livro de Autoajuda

15º.- O que te encanta, emociona e te move?

Encanta-me um amanhecer ou um pôr do sol, emocionam-me os abraços e gestos de carinho e fazem-me rabiar as injustiças de todos os dias.

16º.- Um desejo a introduzir numa garrafa.

Como na Caixa de Pandora, introduziria a ESPERANÇA. Com ela todos os problemas são relativos.

17º.- O que te falta aprender?

Quase tudo.

18º.- A quem no nosso mundo dirias “três palavrinhas”?

A ninguém, gosto de fixar-me nas coisas positivas das pessoas, não nas negativas. No final, é o que conta para crescer enquanto pessoas.

19º.- O que te tira o sono?

Nada, durmo muito bem e sonho acordado.

20º.- Por onde anda hoje a esperança?

No último menino que acaba de nascer no mundo neste momento.

19º.- Não queres morrer sem...?

Ter vivido.

20º.- O que estaria escrito no teu túmulo (epitáfio)?

Aqui jaz um Concretizador de Sonhos.

PALAVRAS SÁBIAS. REFLEXÕES CURTAS. SÓ ME RESTA DIZER. UM HOMEM SÁBIO. OBRIGADO TEO.


Pode consultar o texto original aqui.

2 comentários:

  1. acabei de ler a entrevista.
    estou um bocado inquieta.penso que senti nas respostas de Teo uma exajerada 'singeleza' em que não sei se acredito. O ser humano ainda que 'ajudador' de dores emocionais tem inquietações tem sentimentos. se os não tiver se eu não os sentir : desconfiarei dele.
    è simples as coisas teem que ser de modo a que fiquems de igul para igual.
    talvez o erro tenha sido a entrevista. nada me faz saber se o Teo trabalha bem ou mal : não estou com ele para o sentir.

    Talvez em alguns de nós esteja mais disperto o sentido 'do outro imediato' e consiguamos Estar Com, noutros pode coesistir um sentido aguçado do discursar seja ele escrito ou falado , .
    nada nos obriga a sermos tudo, mas talvez conseguirmos ser o todo que somos sem nos pensarmos pq estamos serenos.

    ars

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  2. Cara ars

    Gratos pela sua partilha :)

    Na verdade, acreditamos, nenhuma entrevista poderá transmitir de forma fidedigna a qualidade de trabalho de uma pessoa, principalmente no que diz respeito à área do desenvolvimento humano. Há que experienciar esse trabalho de forma directa, há que senti-lo na pele e no coração.

    Fazemos-lhe antes o convite de vir conhecer o Teo e o seu trabalho quando, da próxima vez que ele se juntar a nós. Poderá encontrá-lo também em outros centros espanhóis ou internacionais do Telefone :) E então terá mais informação para fazer a sua análise e, talvez, encontre a resposta à sua inquietude.

    Um abraço fraterno :)

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