terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Talhados para a Festa


Hoje já são 12. Mas aquele dia 7 ficou gravado nas minhas doces memórias. Não me canso de ruminar, peça por peça, toda aquela nossa festa de dupla face: A Arca de Natal, na Estação de S. Bento, e o nosso “3º Aniversário” de abertura ao público – na Sede do T.E. Nas suas diferentes formas de expressão, foi um dia em cheio – a começar às 10 h da manhã, para ir até ás 24, ainda com fome de muito mais... A dar-nos força para PRO+seguir. Porque, para muitos, a festa ainda tarda. Daí que, para nós T.E., a Estrela fica Além, o nosso rumo a apontar...

Nestas minhas ruminações, recordo histórias dos filhos e olho os netos – com particular incidência, agora, na mais pequenina, a Ana, de 3 aninhos. E lembro a história daquele pai (penso que Jonh Williams) que, ao celebrar o 3º aniversário do seu filho mais velho, viveu esta curiosa experiência, já ao deitar o menino, a quem perguntou se tinha gostado da festinha dos seus anos.

- Gostei, papá. Gostei muito. (Silêncio). Mas acabou... As pessoas foram embora!... (Silêncio) – Ó papá, para haver festa é preciso pessoas, pois é?!...

Esta exclamação interrogativa mexeu naquele pai. A sua mulher estava grávida pela segunda vez e aquela pergunta inesperada do filho de 3 anos põe-no a pensar: - ... para haver festa é preciso pessoas... Questiona-se sobre quem ensinará a uma criança uma coisa destas em que os adultos não se dão assim tanta conta. E decide arrumar a sua vida para que, ao nascer do 2º filho, possa estar presente e observar o mais tempo possível a vida que nasce.

Desse trabalho / observação / registo nasceu um livro curioso – Joi, (Alegria). É como que uma tese a defender esta verdade: A Vida é Alegria. E, ao mesmo tempo, um manual de formação sobre a importância e transcendência das relações interpessoais e de amorização de grupos. Servi-me muitas vezes dele para a Formação de que estava encarregado – As Relações Interpessoais e Com o Público. Ainda na sua edição francesa, na década de 80,

Fui buscar isto agora porque também eu venho descobrindo que a festa nos está no sangue. É para ela que estamos talhados. São já muitos os pequenos grandes nadas que me lo dizem. Aqui e além vou respigando e vejo que se multiplicam à medida que aguço a minha curiosidade pelo fenómeno. Nós estamos mesmo talhados para a festa. Basta deixarmo-nos ser. Mas, descubro: Precisamos quem nos puxe. E/ou pararmo-nos a ouvirmo-nos e dizermo-nos...

Quer na Arca quer no jantar, porque já são da Família T.E., estiveram connosco alguns elementos do grupo de Cavaquinhos de Sermonde, Cavaquinhos do Marquês e outros mais grupos de animação que vão nascendo do dinamismo de uma família curiosa – a mãe Amélia, o pai Manuel e o jovem filho Tiago.

Mais uma vez, A Estação de S. Bento, virou Coliseu dos Recreios... Este grupo que animou o Encerramento da Arca 2011 encheu aquele átrio solene. Vimos, ouvi e lemos.. Pudemos registar de muitos: - Obrigado, senhores. A gente precisa tanto disto! Esta alegria faz bem à gente... É pena haver tão pouco...

Fico-me a magicar: Afinal, o Espírito T.E. é levar a festa àqueles que dela estão privados. Na mira de despertar em cada um a festa que traz dentro.

Abel Magalhães

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