quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um “presente” para F, C, B...


Todos sabemos que “experiências não se transmitem”. Todos sabemos também que “a partilha de experiências pode alargar os nossos horizontes de ser”. Assim, esta minha partilha não pretende ser a “transmissão” daquela minha / nossa experiência vivenciada no final do Curso de C.S.M. Pretende sim pôr aqui nesta “mesa comum” aquilo que captei, senti, pensei, guardei naquele dia, naquela hora, naquele contexto.

Era o último encontro dos Pequeno Grupos, também chamados Grupos de Diálogo. Algum tempo antes do encontro houve uma explicação do que se pretendia: Durante X minutos, em silêncio e fora das salas, cada um prepara um presente para dar a cada um; uma coisa visível, palpável, escolhida a gosto mas não comprada, para a seu tempo ser entregue a cada um. Com uma explicação individual do significado daquilo que se lhe dá. Sempre na mira de salientar algo positivo da pessoa a quem é dedicado aquele presente.

Iniciado o encontro e feito o enquadramento, cada um fez a partilha do seu sentimento dominante naquele contexto - final de um curso intensivo sobre o Conhecimento de Si Mesmo. Um a um, todos puderam ir à frente para receber de todos o que cada um tinha preparado para ele. E também, cada um na sua vez, ir à frente para dar a cada um o presente que para ele preparou.

O que naquele Pequeno Grupo vi e ouvi pertence já ao mundo do inefável, do indescritível. Mas tudo me ficou registado nas doces memórias do coração. A dar mais vida à minha vida. E, quando chegou a minha vez de dar voz ao eco interior de uma tal experiência, não me contive e deixei correr uma lagrimazita de comoção... E a voz que lhe dei foi esta: - Houve alguém que disse o “quanto mais conheço os homens mais gosto dos cães”... Neste momento, aqui e agora, apetece-me é dizer: Com todo o respeito pelos cães, quanto mais conheço os homens mais me encanta este mistério que habita cada um de nós. Um mistério de graça, de beleza, de poesia, de ternura, de encanto, sempre à espera de uma oportunidade como esta para se revelar. Obrigado.

Tudo me faz lembrar aquele relato em que os discípulos queriam saber coisas sobre o mestre – o que fazes, onde moras, como vives, ... – Vinde e vede ! foi a resposta.


Abel Magalhães,
Presidente da Direcção do Telefone da Esperança Portugal

2 comentários:

  1. Felizmente, aproveitei a oportunidade de participar nesta grande e bela experiência. estou muito grata a todos os que participaram comigo.

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