Acredito que...
Se todas as pessoas do planeta tivessem quem as escutasse... mas escutasse verdadeiramente, i.e., com toda a atenção, aceitação e respeito, sem interpretações, conselhos ou avaliações...
Se todas as pessoas do planeta pudessem partilhar com alguém as suas alegrias e tristezas, os seus momentos de frustração, de desespero e de angústia...
Se todas as pessoas do planeta pudessem saber que, em todos os momentos da sua vida, há sempre alguém para quem são muito importantes e que lhes dedica o seu tempo com amor...
Se todas as pessoas do planeta tivessem consciência de que estão dentro dela o poder e os recursos para serem felizes...
... Então a solidão e o isolamento transformar-se iam a auto-estima e capacidade de construir relações saudáveis.
... E a depressão transformar-se ia em explosão de vida e de criatividade.
... E as guerras dariam lugar a novas formas de entendimento e cooperação entre pessoas e entre países.
Utopia? Devaneio? Talvez...
A verdade é que, no Telefone da Esperança descobri que isso é mesmo assim. A escuta activa tem um poder transformador que nos leva (quem escuta e quem é escutado) a níveis superiores de auto-consciência, auto-conhecimento e auto-motivação. E essas são ferramentas-chave para a transformação e realização pessoais.
Eu gosto de pensar que, através da minha capacidade de escutar os outros - mas escutar verdadeiramente - posso contribuir para a sua felicidade [sei que contribuo para a minha!] e, porque não, para um mundo mais parecido com aquele em que eu quero viver.
Natacha Soares, voluntária.
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