segunda-feira, 6 de junho de 2011

Escuta-me.


Acredito que...

Se todas as pessoas do planeta tivessem quem as escutasse... mas escutasse verdadeiramente, i.e., com toda a atenção, aceitação e respeito, sem interpretações, conselhos ou avaliações...

Se todas as pessoas do planeta pudessem partilhar com alguém as suas alegrias e tristezas, os seus momentos de frustração, de desespero e de angústia...

Se todas as pessoas do planeta pudessem saber que, em todos os momentos da sua vida, há sempre alguém para quem são muito importantes e que lhes dedica o seu tempo com amor...

Se todas as pessoas do planeta tivessem consciência de que estão dentro dela o poder e os recursos para serem felizes...

... Então a solidão e o isolamento transformar-se iam a auto-estima e capacidade de construir relações saudáveis.

... E a depressão transformar-se ia em explosão de vida e de criatividade.

... E as guerras dariam lugar a novas formas de entendimento e cooperação entre pessoas e entre países.

Utopia? Devaneio? Talvez...

A verdade é que, no Telefone da Esperança descobri que isso é mesmo assim. A escuta activa tem um poder transformador que nos leva (quem escuta e quem é escutado) a níveis superiores de auto-consciência, auto-conhecimento e auto-motivação. E essas são ferramentas-chave para a transformação e realização pessoais. 

Eu gosto de pensar que, através da minha capacidade de escutar os outros - mas escutar verdadeiramente - posso contribuir para a sua felicidade [sei que contribuo para a minha!] e, porque não, para um mundo mais parecido com aquele em que eu quero viver.


Natacha Soares, voluntária.

Sem comentários:

Enviar um comentário